MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

press-release

 

Superfícies da Memória
José Rufino - Divino Sobral - Sergio Meirana - Pablo Uribe

O Museu de Arte Contemporânea da USP inaugura, dia 25 de novembro às 19 horas, a exposição Superfícies da Memória, com instalações dos artistas brasileiros José Rufino e Divino Sobral, e dos uruguaios Sergio Meirana e Pablo Uribe. Em comum, a busca da identidade do homem contemporâneo a partir da memória de questões pessoais, culturais e sociais. “Os artistas aqui representados empreendem uma arqueologia mnemônica que traz à superfície os diversos lugares em que se situa o sujeito, seus diversos papéis subjetivos, culturais, realizando com o espectador uma troca simbólica capaz de produzir novos sentidos no espaço social”, diz Sylvia Werneck , curadora da exposição.

José Rufino carrega um interesse pela história das coisas, lugares e pessoas, memórias que alimentam seu impulso criativo. Na instalação Náusea, Rufino reúne um corpo coletivo de indivíduos cuja existência só é testemunhada por documentos burocráticos, produzidos ou usados por eles, resumindo o que restou da humanidade em um conjunto de gavetas, arquivos e mobiliário de escritório.

O trabalho artesanal de Divino Sobral, uma sucessão de construções e desconstruções, expressa elementos das tradições e emoções mais singelas que, para o artista, pertencem a toda gente e seguirão sempre existindo. Em Horto das Jabuticabeiras , troncos e galhos são revestidos de lã como camadas da memória, sugerindo a passagem do tempo e a materialização da cor em uma espécie de pintura das relações entre homem e natureza.

Sergio Meirana usa a tradição do entalhe para comentar questões contemporâneas. Uma pequena figura portando uma valise se multiplica por suas criações como um ícone do homem de hoje. De tão repetida, a figura é despida de sua individualidade e se torna mais um em meio à massa. Mas segue carregando sua bagagem como num esforço para manter o fio que liga passado e presente, reafirmando a própria identidade.

A poética de Pablo Uribe é construída a partir do incessante questionamento de conceitos estabelecidos, instituições consagradas e relações sedimentadas. Em suas serigrafias e uma videoinstalação, questiona se devemos enxergar a memória como um fato ou um elemento manipulável, colocando em cheque a percepção na qual apoiamos nossas opiniões e nos posicionamos perante a aparente realidade.

 

Serviço

Exposição
Superfícies da Memória

Curadoria
Sylvia Werneck
Abertura
25 de novembro de 2008, 19 horas
Encerramento
22 de fevereiro de 2009
Funcionamento
terça a domingo das 10 às 18 horas
Local
MAC USP Ibirapuera - Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso
(Prédio da Bienal, entrada pela rampa lateral)
Telefone
11 5573.9932
Agendamento
11 3091.3328
Entrada franca
Estacionamento no Parque com Zona Azul

Contato com a imprensa
MAC USP – Imprensa e Divulgação
Sérgio Miranda – (11) 3091.3018 / 3091.1118smiranda@usp.br