HONORÉ MARIUS BÉRARD

Noturno Opus 17, 1939
Óleo s/ tela, 92,5 x 65,5 cm

As linhas verticais, horizontais e diagonais cortam os planos da obra e introduzem duas interrogações sobre sua ordem compositiva: de um lado, a estrutura é uma trama de linhas que impõe certa estabilidade. Por outro lado, suas várias direções, diferentes densidades e comprimentos criam uma interligação com as massas de tinta, permitindo que a trama estrutural deflagre novos espaços.

Entre as linhas escuras surgem azuis, verdes, terras e beges que preenchem pequenos planos. Esses se multiplicam, aproximam-se e recuam, gerando um sistema de ligações e insinuando a musicalidade do título.