TARSILA DO AMARAL



Costureiras, 1950

óleo s/ tela,
73,3 x 100,2 cm

A obra Costureiras  refere-se ao lento processo de industrialização em que o Brasil se encontrava. São mulheres trabalhando artesanalmente, num ambiente caseiro. Essa atmosfera doméstica é enfatizada pela presença de um gato, no canto esquerdo do quadro. A obra é construída através de tensões entre as formas simplificadas e suas luzes. Dessas tensões, surgem diagonais que tecem a rede compositiva. Um exemplo pode ser visto na linha que surge entre os tecidos verde e rosa, sobre a mesa e que se desdobra pelo cabelo da figura de azul à direita, pelos ombros das figuras de vermelho e lilás, chegando até a personagem de rosa. Essa movimentação sofre interferências das cabeças das figuras, que introduzem novos ritmos, formando um jogo para o olhar que nos remete à Santa Ceia de Brecheret. A composição é enfatizada pelas cores rosa, azul claro, verde e branco distribuídas, harmoniosamente, em pontuações triangulares.