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CLAREIRA MAC USP

Clareira (em tupi, Baependi) é uma área de pouca vegetação, ou de vegetação rasteira localizada no interior de uma floresta ou de um bosque. Sua conformação é fundamental para a renovação da floresta e para sua diversidade, pois ela funciona como uma espécie de celeiro: ali, as novas espécies podem emergir e as existentes garantem sua sobrevivência e germinação. No caso da floresta amazônica, por exemplo, são áreas nas quais grupos indígenas nômades estabelecem assentamentos temporários.

No MAC USP, a “Clareira”, instalada no térreo do Museu, local de acolhimento de seus visitantes e de contato com o “chão” da cidade, inaugura um sítio de diversidade e renovação, recebendo uma programação com várias formas de manifestação artística, para qual estão convidados artistas visuais, músicos, performers, bailarinos, escritores, atores, cineastas, curadores, diretores, configurando local de trocas e de expressão artística de linguagens diversas.

Programação Clareira / 2022
A programação alterna duas instalações de artes visuais e ações pontuais nas noites de quinta-feira, que este acontecem por nove semanas, entre 25 de agosto e 20 de outubro.
(programação em breve).

30/04 a 14/08
Gravidade, instalação de marcius Galan

A instalação de Marcius Galan reúne duas obras do artista, Immobile, originalmente concebida para uma individual do artista em Londres, ocorrida em 2013, e Movimentação de Placas, obra inédita, concebida a partir do lugar de sua instalação no museu, em 2022. Nas duas obras o movimento está implícito, ainda que todas as peças estejam em repouso. Immobile parte da ideia do movimento e equilíbrio das esculturas móveis do escultor Alexander Calder. As peças, discos metálicos de tamanhos variados – que vão de 1,28m até uma moeda de uma libra esterlina - tocam o chão impossibilitando o movimento do sistema. Os elementos, compostos por discos, cabos e vigas, apresentam uma estrutura que tem suas proporções aumentadas ao dobro a cada passo. Esse sistema aéreo acentua a verticalidade da arquitetura no lugar específico no qual o edifício sede do MAC USP abriga a singular condição de um vão entre dois pisos. Encontra Movimento de placas ao pousar no chão. As 30 placas de chapa de ferro instaladas no piso do museu reconhecem a modulação do granito que constitui o piso em certa vibração decorrente da irregularidade de seu acabamento. Fazem imaginar uma brisa suave que tenha levantado a pele/piso configurando uma peculiar ondulação. Permite fabular a dissolução da fronteira entre o interior do edifício e o chão da cidade. Desse modo alarga a horizontalidade do chão e leva a um cuidadoso olhar por onde caminhar ao percorrer o lugar. Todo o conjunto se encontra como se suspenso no tempo, flagrado no momento em que o movimento possível pausa em repouso por um instante que perdurará.

Programação Clareira / 2021




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