JEAN METZINGER



Aldeia, 1912
Óleo s/ tela,
91,8 x 65,0 cm

Nesta obra, caracteristicamente cubista, o artista torna mais rápida a apreensão visual da realidade, primeiramente, através da simplificação das formas, construída pela geometrização dos objetos da paisagem: triângulos, meias esferas, quadrados, trapézios, retângulos. A fatura, também, obedece essa simplificação, ou seja, o artista pinta sem grandes detalhamentos. As árvores e casas oferecem uma visão mais geral dos objetos, diferentemente de paisagens mais acadêmicas, onde os detalhes são particularmente presentes ao olhar.

Essa apreensão, mais simplificada introduz uma desconstrução em nossa relação visual, ponto por ponto com a paisagem real; ao mesmo tempo, em que a situamos como paisagem, nossa visão sofre interferência de descontinuidades e segmentações. Essa nova referência visual é enfatizada pela abertura dos objetos . Em seu centro visual, um foco de luz correlaciona as novas sínteses cubistas numa ordem geral que a sua profundidade.