Pierre Soulages nasceu em Rodez, sudeste da França, em 1919. Seu pai, um condutor de carruagens, faleceu quando o artista tinha 5 anos. Aos 12 anos, depois de visitar a cidade de Conques e conhecer os vitrais da abadia, decidiu ser pintor. Estudou no liceu de sua cidade, época em que se interessou pela arte românica. Aos 18 anos, numa viagem a Paris, descobriu os trabalhos de Cézanne e Picasso, seu primeiro contato com a arte moderna, algo que lhe marcou por toda vida. Freqüentou a Escola de Belas Artes de Montpellier. A partir de 1946 começou a dedicar-se somente à pintura. As obras dessa época são completamente abstratas, sem qualquer referência à figuração. Em 1947 expôs em Paris, ocasião em que conheceu Picabia e Hartung, entre vários outros. No mesmo ano mudou-se para a capital francesa. A partir de então, seus trabalhos estiveram presentes nas mostras de várias partes do mundo. De 1947 a 1956 realizou experimentos com novos materiais, como resina de nozes e óleo, para serem usados em suas pinturas. 

Entre 1957 e 1958 viajou para os Estados Unidos, Japão e Índia. Soulages fez tapeçarias, aquarelas, gravuras, murais em cerâmica e cenários para balé. Interessado pela cultura maia, viajou para o México em 1961.

Participou da XXVI Bienal de Veneza, das I, II e III Documentas de Kassel e das II e VIII Bienais Internacionais de São Paulo. Sua última exposição em São Paulo foi no MASP, em 1996.


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